segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Dia Mundial da Amamentação


Nesta segunda-feira, 10 de agosto, é o Dia Mundial da Amamentação. A data tem como objetivo combater a desnutrição infantil, além de conscientizar as mulheres sobre a importância da amamentação e da possibilidade da criação do banco de leite para os bebês que não tenham condições de serem amamentadas pelas suas mães.

A nutricionista do Hospital Gabriel Soares, Daíse Lustoza, lembra que o leite materno é um alimento rico, pois possui vitaminas, minerais, gordura, proteína, carboidratos, enzimas, água, e até anticorpos suficientes para as crianças de até seis meses de idade. “Além disso de todos estes nutrientes importantes para a saúde da criança, o leite materno é mais barato, mais seguro microbiologicamente falando, mais prático - já saí pronto, limpo e na temperatura ideal-, mais bem digerido, menos alergênico, protege as crianças de infecções, diarréias, asma, outras doenças respiratórias, obesidade, diabetes na infância, desnutrição, e o próprio trabalho de sucção que o bebê faz diminui o risco de má formação da arcada dentária do bebê”, explica ela.

Estudos mais recentes comprovam também que as crianças que são amamentadas fortificam o vinculo com as mães, e desenvolvem melhor o campo de memória, e intelectual. Outros estudos também recentes comprovam que as mulheres que amamentam, tem menos risco de desenvolver câncer de mama, ovário e útero no futuro. Além disso, as lactantes se recuperam mais rápido do parto, assim como recuperam o peso do pré - parto mais rápido.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda o leite materno até os dois anos e meio. Porém a partir dos seis meses deve iniciar a complementação com outros alimentos. “Não existe “leite fraco”. Toda mãe produz o leite com todos os nutrientes essenciais para seus filhos, pois em caso de deficiência nutricional, é mais fácil tirar de nossas reservas do que faltar no leite do peito”, diz a nutricionista.

Crescimento

Conforme a criança cresce, as necessidades vão aumentando, a partir daí, as escolha da introdução dos novos alimentos são necessárias, e será determinante na saúde do seu filho, no ideal peso para altura (P/A), peso para idade (P/I) e altura para idade (A/I) e na prevenção das possíveis aversões alimentares.


Aos 6 a 8 meses: Novos alimentos devem ser ofertados diluídos em água, em pequenos volumes, e sem misturar uns com outros, para que a criança aprenda a reconhecer sabores diferentes, um de cada vez, e assim evitando que cresça muito seletiva em relação aos sabores adversos. Essa prática vai evitar também as intolerâncias.

Não há uma seqüência ideal para todas as crianças, isso depende da indicação para cada caso de criança. Mas além desses novos alimentos os pequenos devem continuar com o aleitamento materno e tomar água.

Os sucos: Geralmente no 6ª mês, deve ser ofertada uma fruta de cada vez (suco de uma fruta durante 3 dias), com diluição de 1/2 de água filtrada. Não deve ser colocado açúcar. Em geral o volume do primeiro dia é uma colher de chá. Aumentando aos poucos, dia a dia. O primeiro momento não deve ter intenção de dar saciedade ao bebê, é apenas para ele se adaptar com sabores novos. Recomenda – se ofertar 3 vezes/dia.

As frutas (papinha doce): No 7ª mês, intercalando com a amamentação e o suco. Em paquinha amassada com garfo, o volume do primeiro dia deve ser igual ao suco, e também não deve adicionar açúcar;

Papinhas (salgadas): No 8ª mês, legume amassada com garfo, ofertar 1 vez por dia ( de preferência na hora do almoço), um legume por dia, temperado com azeite extra virgem e tempero verde, não é necessário adicionar sal. No máximo algumas gotas de limão.

9ª a10ª mês: Já pode comer as frutas em corte de palito, isso vai massagear as gengivas, de preferência com a temperatura fria, para lhes proporcionar mais conforto. A refeição já pode ser pastosa com pedacinhos macios, algumas preparações já podem levar feijão, carne cozida e desfiada, arroz e legumes amassados. A forma de temperar ainda deve ser mesma que já vinha ofertando. Após uma papinha salgada ofertar na sobremesa uma papinha de fruta. E diminuindo cada vez mais o leite do peito.

11ª -12ª mês:

Podem ser introduzidos peixes, clara de ovos, pouco de sal, e é recomendado um alimento novo a cada dia, as recomendações são praticamente as mesmas do período anterior, mas deve aumentar o volume aos poucos.

E diminuindo cada vez mais o leite do peito, se possível, passando a ser apenas a ceia.

1 ano: Mariscos, gema de ovo e mel só são recomendados depois de um ano. Para evitar desenvolver processos alérgicos e toxinfecções como salmonelose. Não se recomenda ingestão de refrigerantes, sucos artificiais, açúcares, doces, balas, salgadinhos, café, frituras.

Quando a criança não mamar, é importante procurar uma consulta com o nutricionista, esse profissional indicará outras fórmulas lácteas como segunda opção. E se for o caso iniciar a introdução de outros alimentos.

Seminário

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) realizará na próxima quarta-feira, dia 3 de agosto, o 1º Seminário de Alimentação e Nutrição de Aracaju. O evento acontece no Hotel Real Classic, a partir das 7h30. Tendo como tema ‘Aleitamento Materno: Preparo para a vida saudável', a idéia é estimular a prática de amamentação nos primeiros meses de vida da criança e difundir o hábito da alimentação saudável nas diversas fases da vida. No evento também serão divulgadas as ações desenvolvidas pelas Equipes de Saúde da Família e do Programa Academia da Cidade na promoção à saúde.

O evento é organizado pela Coordenação de Alimentação e Nutrição da Rede de Atenção Primária (REAP) da Secretaria e tem como público alvo os gestores da saúde, profissionais e assistentes sociais das Unidades de Saúde da Família e os representantes dos Conselhos da Criança e Adolescência, da Mulher, de Segurança Alimentar e Nutricional, do Comitê da Mortalidade Infantil e da Escola Técnica do Sistema Único de Saúde.

Programação

A programação do 1º Seminário de Alimentação e Nutrição de Aracaju trará debates sobre a rede de amamentação primária, a situação nutricional da população e a difusão das ações da Estratégia Nacional para Alimentação Complementar Saudável (ENPACS) na capital sergipana.

Durante as palestras serão apresentadas experiências da Rede de Atenção Primária e dos Programas municipais que deram certo na área da promoção à saúde e também serão expostos trabalhos artísticos do tema Aleitamento Materno feito por artesãos sergipanos.

Representantes do Ministério da Saúde da Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição, das Secretarias Estadual e Municipal da Saúde vão participar do Seminário como palestrantes.

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