quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Em busca de uma babá


Se você é mãe e busca uma babá, vai amar ler este post. Gente como está difícil encontrar alguém para trabalhar em casa de família. Lembro-me de quando era criança e minha mãe buscava no interior moças para trabalhar lá em casa, e duravam, viu? Hoje elas vão fazer a entrevista, dizem que vão aparecer no outro dia e cadê? deixando a gente na mão.

Se você já precisou ou vai precisar de uma babá, com certeza deve saber que o mercado não está nada fácil. Além da escassez de profissionais, a relação com elas está mudando e, com isso, os pais também vão precisar se adaptar.

Lá em casa com a chegada de Gustavo tudo mudou. Desde a sua chegada até agora já passaram sete lá em casa. Atualmente estou com uma muito boazinha, mas não dorme se eu precisar (estou sem vida social com o maridão - socorro! - quem souber de alguma avisa aê!).


Duas muito boas passaram por lá. Uma delas foi Joelma ( tão boa!) ficou comigo do sexto mês de gestação até meu Guga completar três meses. Dava até banho no menino recém-nascido, mas do nada sumiu! Só consegui falar com ela no terceiro dia de falta, dizendo que não queria mais trabalhar. Fazer o quê? Com esse Bolsa Família e outro benefício que recebem por estudar estão afastando as profissionais do lar - para o nosso desespero!

Sempre que fico sozinha recorro as amigas que sempre me indicam alguma. Também tem aquela que podem se considerar uma pessoa de muita sorte por ter encontrado profissionais tão boas. O comentário das mães que precisam de babás é o mesmo: está faltando mão de obra. Tem também aquelas que contam com as mães e sogras ( meu caso!) Como não deixo Guga sozinho ainda com minha funcionária - dividi os dias da semana na casa da minha mãe e na casa da minha sogra, e assim vai indo...

A melhora na economia brasileira e a consequente ascensão da classe C trouxe novas oportunidades de concluir o ensino superior e de empregos mais atrativos. Antigamente essas pessoas não conseguiam colocação no comércio e na indústria. Por isso, optavam pelo serviço doméstico. Hoje há muitas vagas em telemarketing ou em lojas. A outa opção para elas é trabalhar como diaristas (ganham mais!)

No mais é ter paciência e sorte para encontra um braço direito, uma perna e o corpo inteiro para ajudar com os filhotes. 



As babás na história
Idade Média 
Crianças da nobreza eram amamentadas por outras mulheres que não a mãe, as chamadas amas de leite, e só voltavam ao convívio familiar depois do desmame, que ocorria tarde, às vezes depois dos 6 anos. (Acho que morreria vendo outa pessoa amamentando meus filho - Deus me livre ter nascido nesta época)

Brasil colonial e imperial 
As escravas que tinham filhos eram as amas de leite no país. As escravas que não tinham também faziam parte da dinâmica familiar, eram amas-secas e cuidavam das crianças.

Séculos 19 e 20 
Surgem as governantas, mulheres que gerenciavam toda a organização da casa das famílias ricas. Elas controlavam os outros empregados e cuidavam da educação das crianças, como no filme a Noviça Rebelde. (Uma dessa eu queria rsrsrsr)

Décadas de 60 e 70 
Com a entrada das mulheres no mercado de trabalho, surge a necessidade de ter uma pessoa para cuidar das crianças, até que os pais cheguem em casa. No Brasil, há uma adaptação do trabalho de empregada doméstica, que dorme na casa da família, com folgas apenas aos finais de semana ou a cada 15 dias. (Poderia ter uma dessa lá em casa!)

Hoje 
Novos modelos surgem com a evolução econômica do país, que traz mudanças a todo o setor de serviços, já que importar matéria-prima e produtos é fácil, mas mão de obra, não. Mulheres de países latino-americanos com situação menos favorável começam a vir às grandes cidades para trabalhar por salários mais baixos. O caso das paraguaias já foi notícia em jornais de São Paulo e no The New York Times.

Um comentário:

  1. Babá é um artigo raríssimo, quem tiver a sua e que seja "a babá", ofereça ouro porque a coisa está feia! O pior é quando colocamos na ponta do lapis tudo que pagamos e oferecemos para tê-las dá o maior desespero porque descobrimos que pagamos uma fortuna para termos muito pouco. Nós mães deveríamos ganhar um salário maravilhoso para educar e cuidar das nossas crianças!

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